Usuários de ônibus de Porto Alegre já começam a perceber mudanças ao passar pela catraca da bilhetagem. Primeiro, o validador do cartão mudou de lugar ficando depois da catraca, e, segundo.
Pelo menos 85 ônibus dos consórcios que atendem diversas regiões da cidade já rodam com o equipamento, cumprindo o contrato da licitação do serviço firmado em 2015 e, mais ainda, o decreto do prefeito (PSDB) que deu prazo para a tecnologia começar a ser implantada. A Carris ainda não instalou a biometria e estaria analisando a compra dos aparelhos, informa a Associação de Transportadores de Passageiros (ATP).
O decreto foi publicado no dia 22 e estipulou 30 dias para começar a execução, com término em 2018. Além disso, também deu data para começar a colocação de sistema de monitoramento de vídeo co gravação de imagens em Circuito Fechado de Televisão (CFTV) e GPS. A ATP gerencia a aquisição e diz que foram compradas 300 câmeras e validador (é necessário comprar os dois para cada veículo) para uma primeira fase de uso do equipamento e para verificar a eficiência, diz o diretor-executivo da entidade.
A previsão é que em, até 10 dias, o número instalado dobre para mais de 150 em funcionamento. Um mês e meio depois todos os conjuntos devem estar ligados. O sistema só serve hoje para a verificação dos isentos e de quem tem desconto. Apenas estes cartões têm fotos. A prefeitura espera que o reconhecimento reduza o uso indevido do cartão isento ou de meia passagem, como transferência do titular a outra pessoa e até fraudes.
O benefício não pode ser transferido a outra pessoa, ou seja, mesmo o simples ´emprestar´ é proibido. A ATP diz que não tem um índice do que poderia significar as irregularidades e evita comparar com outras localidades que possam mapear o problema. "Identificamos as pessoas que não são as titulares, mas precisamos ver como isso se comporta", diz o executivo.
Um dos trunfos do sistema, explica o diretor executivo, é que passa a considerar os próprios registros feitos como balizadores da autenticidade do usuário. "É a inteligência do sistema, que passa a usar as imagens para comparar", diz o diretor. Ele fala que ainda são necessários ajustes na operação.
Para poder dar conta da exigência, a ATP também contratou quatro operadores que fazem a verificação. Até o momento, foi investido R$ 1,8 milhão para instalar equipamentos em 300 ônibus. O custo para colocar nos 1.011 ônibus restantes é avaliado em R$ 6 milhões.
O custo mensal para manter o sistema é de R$ 120 mil, considerando os 1.311 ônibus da frota privada, informa a ATP. Garante que antes mesmo do decreto já haviam sido encomendadas as câmeras, mas admite que o prazo estipulado pelo prefeito foi surpresa. "Não sabíamos que ia ter data, e vai depender da capacidade financeira das empresas e impacto na tarifa", condiciona. "Todo custo por contrato vai para a tarifa. É preciso ter cautela de colocar a tecnologia e tarifa não subir que as pessoas não possam pagara pela passagem." O presidente da EPTC, disse que haverá impacto na tarifa.
Fonte: http://www.guiadocftv.com.br/modules/news/article.php?storyid=59563
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