Uma placa alerta os motoristas na entrada. “Para sua segurança, reduza a velocidade, abaixe os vidros, desligue os faróis e acenda a luz interna”. O aviso é reforçado pelo segurança que diz.
Esse cena se repetiu inúmeras vezes na manhã desta quarta-feira, na entrada do campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O monitoramento de veículos que entram e saem é uma das formas que a maior universidade do estado encontrou para tentar combater uma série de assaltos e furtos que tem assustado professores, servidores e alunos.
Antes da mudança, iniciada nesta quarta, nenhuma motorista tinha que se identificar ao tentar entrar no local. A ação faz parte do conjunto de medidas, anunciada em dezembro do ano passado pelo reitor da instituição.
À época, informou que o número de ocorrências – furtos e roubos – havia dobrado na comparação do 2º semestre de 2016 (40 registros) com o mesmo período de 2015 (20). "As ações respondem ao aumento da violência que acontece em toda a cidade e reflete-se nos campi, na ocorrência de assaltos", destacou, em nota, a UFBA, ao divulgar a data de início do monitoramento.
Comunidade
Segundo a instituição, câmeras de segurança fazem imagens do rosto do motorista e da placa do carro ou moto. Estudantes e servidores ouvidos por A TARDE aprovaram a iniciativa, mas afirmaram que, sozinha, ela não é eficiente.
"Era para ter esse procedimento há muito tempo. O acesso era muito permissivo e permitiu que ocorressem os assaltos. É uma área extensa que deve ser monitorada", afirmou a estudante de medicina veterinária.
Ela contou que, à noite, estudantes continuam andando em grupos. "Eu não sinto segura em caminhar por aqui. A gente fica sempre apreensiva", acrescentou.
O servidor público, 37, achou a iniciativa boa. "Mas não é o suficiente. O problema é também a questão interna. Precisa colocar mais vigilantes, principalmente nas áreas internas. As pessoas que entram a pé não são identificadas", reclamou.
Estudante de engenharia elétrica, Coleto, contou que, às vezes, prefere caminhar pelo passeio da rua do que transitar entre os prédios do campus de Ondina. "Eu sempre fico pensando se caminho por dentro ou por fora. O monitoramento é importante, mas, sozinho, é insuficiente. As pessoas estranhas que caminham por aqui têm conhecimento das entradas e saídas", disse.
O estudante afirmou que é necessário um reforço. "Deveria duplicar a quantidade de seguranças, colocar escolta de motocicletas e implementar rondas", afirmou.
Nesta quarta, os motoristas receberam um folheto, elaborado pela Coordenação de Segurança (Coseg), com informações sobre segurança e canais que podem ser utilizados para comunicar os casos. O monitoramento será acompanhado de um cadastramento de veículos, mas a assessoria da UFBA não soube informar quando esta fase terá início.
Registro de ocorrências
Além do monitoramento, outra iniciativa foi lançada nesta quarta: um portal de segurança da UFBA, onde professores, alunos e servidores podem fazer o registro das ocorrências.
Em 2016, a vigilância da universidade encontrou um homem baleado no campus de Ondina. A vítima não resistiu. Em outubro do mesmo ano, oito assaltantes armados renderam um porteiro, dois vigilantes e seis estudantes que trabalhavam em um projeto na Escola Politécnica, na Federação. Situação semelhante ocorreu na Faculdade de Direito.
A UFBA informou, ainda, que os caixas eletrônicos das unidades universitárias estão sendo retirados. A conclusão do trabalho está prevista para ocorrer na próxima semana.
Fonte: http://www.guiadocftv.com.br/modules/news/article.php?storyid=59302
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